Vick, Cristina, Barcelona
Assisti á alguns dias atrás o novo filme de Wood Allen “Vick, Cristina, Barcelona”. Trata-se de um filme passado na cidade de Barcelona, na Espanha; a crítica já revelou tratar-se de um filme encomendado pelo governo da Espanha para mostrar a cidade turística de Barcelona e suas belezas esquecidas como a cidade de Olviedo, obras de Galdi etc (justificando assim tal encomenda).
O filme gira em torno da amizade entre duas pessoas totalmente diferentes e suas experiências em um país latino. Claro que vira mais um clichê onde turistas americanas vão para um país latino, onde encontram o primeiro típico homem latino para viver uma aventura longe de casa.
Não gostaria aqui de tecer elogios ou críticas sobre o roteiro abordado, sobre o estilo Wood Allen de ser ou sobre as belezas da Espanha, mas gostaria de focar o olhar nas diferenças de personalidades e suas riquezas de olhares únicos sobre o mesmo lugar ou situação.
São sentimentos de busca, angústia, dúvidas, prazeres e conveniências padronizadas por uma sociedade e os espantos diante de tudo que foge desta padronização.
Ouvi muita gente criticar o filme porque ele mostra cenas de um triângulo amoroso eficaz, sobre a relação entre mulheres, sobre traição, curiosidade, medo e prazer, tratadas com naturalidade no filme mas não tão naturais pelas pessoas que assistem. Preconceitos a parte, trata-se de sentimentos e conflitos vividos por todo ser humano que se preste a viver a vida de forma aberta para descobertas sem medo das perdas, focando apenas as riquezas a serem ganhas com tais experiências. Não quero defender nenhuma atitude ali tomada, mas que tal olharmos tudo com um olhar aberto, analítico e sincero sobre as reações ali tomadas e as nossas reações diante disso tudo? Conseguimos ter essa sutileza e riqueza em admirar as reações humanas como um universo aberto a novas experiências em prol do nosso próprio crescimento como ser humano?
O mais interessante é que depois de todo aquele turbilhão de emoções vividas no longa metragem, cada personagem não muda um milímetro do que eram antes de entrarem no olho do furacão. As personagens centrais voltam para Nova York da mesma forma que foram, com suas certezas, convicções, dúvidas e incertezas de sempre, em busca e em fuga das mesmas coisas, mas será mesmo que foi assim? Os personagens da Espanha também por lá ficaram, com seus conflitos e fantasmas, da mesma forma como se nada tivesse acontecido. Geralmente os filmes do Wood Allen terminam assim, forçando esta ótica de que após uma tempestade, o mundo volta a ser e parecer exatamente igual ao que era antes da tempestade, mas será que na vida real é mesmo assim?
Acredito e volto a defender que cada ser humano carrega um universo inteiro e complexo demais para ser tratado com generalização e a naturalidade da maioria como sendo iguais e por acreditar nisso muita gente vive de acordo com essa abordagem, do mundo dos comuns e passam a vida inteira vivendo de acordo com maioria, seguindo a maré dos comuns com medo de mudar ou arriscar tornar-se diferente para não parecer estranho. Como disse anteriormente não vou abordar o preconceito sexual ou regras tradicionais, mas abordo a abertura a novas experiências, vivencias sem deixar que a mesmice nos engesse cegando-nos das maravilhas das experiências humanas.
Que possamos tornar nosso olhar analítico sem preconceitos, nossos sentimentos mais refinados perante as experiências alheias e que as nossas sejam ricas o suficiente para movermo-nos sim, muitos milímetros a cada dia, cada experiência, tornando-nos serem humanos, universos mais ricos.
O filme gira em torno da amizade entre duas pessoas totalmente diferentes e suas experiências em um país latino. Claro que vira mais um clichê onde turistas americanas vão para um país latino, onde encontram o primeiro típico homem latino para viver uma aventura longe de casa.
Não gostaria aqui de tecer elogios ou críticas sobre o roteiro abordado, sobre o estilo Wood Allen de ser ou sobre as belezas da Espanha, mas gostaria de focar o olhar nas diferenças de personalidades e suas riquezas de olhares únicos sobre o mesmo lugar ou situação.
São sentimentos de busca, angústia, dúvidas, prazeres e conveniências padronizadas por uma sociedade e os espantos diante de tudo que foge desta padronização.
Ouvi muita gente criticar o filme porque ele mostra cenas de um triângulo amoroso eficaz, sobre a relação entre mulheres, sobre traição, curiosidade, medo e prazer, tratadas com naturalidade no filme mas não tão naturais pelas pessoas que assistem. Preconceitos a parte, trata-se de sentimentos e conflitos vividos por todo ser humano que se preste a viver a vida de forma aberta para descobertas sem medo das perdas, focando apenas as riquezas a serem ganhas com tais experiências. Não quero defender nenhuma atitude ali tomada, mas que tal olharmos tudo com um olhar aberto, analítico e sincero sobre as reações ali tomadas e as nossas reações diante disso tudo? Conseguimos ter essa sutileza e riqueza em admirar as reações humanas como um universo aberto a novas experiências em prol do nosso próprio crescimento como ser humano?
O mais interessante é que depois de todo aquele turbilhão de emoções vividas no longa metragem, cada personagem não muda um milímetro do que eram antes de entrarem no olho do furacão. As personagens centrais voltam para Nova York da mesma forma que foram, com suas certezas, convicções, dúvidas e incertezas de sempre, em busca e em fuga das mesmas coisas, mas será mesmo que foi assim? Os personagens da Espanha também por lá ficaram, com seus conflitos e fantasmas, da mesma forma como se nada tivesse acontecido. Geralmente os filmes do Wood Allen terminam assim, forçando esta ótica de que após uma tempestade, o mundo volta a ser e parecer exatamente igual ao que era antes da tempestade, mas será que na vida real é mesmo assim?
Acredito e volto a defender que cada ser humano carrega um universo inteiro e complexo demais para ser tratado com generalização e a naturalidade da maioria como sendo iguais e por acreditar nisso muita gente vive de acordo com essa abordagem, do mundo dos comuns e passam a vida inteira vivendo de acordo com maioria, seguindo a maré dos comuns com medo de mudar ou arriscar tornar-se diferente para não parecer estranho. Como disse anteriormente não vou abordar o preconceito sexual ou regras tradicionais, mas abordo a abertura a novas experiências, vivencias sem deixar que a mesmice nos engesse cegando-nos das maravilhas das experiências humanas.
Que possamos tornar nosso olhar analítico sem preconceitos, nossos sentimentos mais refinados perante as experiências alheias e que as nossas sejam ricas o suficiente para movermo-nos sim, muitos milímetros a cada dia, cada experiência, tornando-nos serem humanos, universos mais ricos.
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